sexta-feira, 5 de junho de 2009

Engodo dos Medos


É rodeados do engodo dos medos que as nossas fraquezas sobressaem. Se não fossem as palavras, quer seja de forma verbal, quer seja de forma escrita, como poderiamos ultrapassar essas fraquezas? Um gesto não chega, um pensamento muito menos, um retiro espiritual nem pensar, uma longa caminha só serve para contar as pedrinhas que vamos pontapeando enquanto arrastamos os pés e a música ajuda a que o engodo seja ainda mais profundo e depressivo, até porque nesse preciso momento, vamos saber escolher pormenorizadamente a musiquinha mais depressiva que encontrarmos no mp3. Essas fraquezas também servem para nos conhecermos melhor e para que o erguer da queda não seja tão violento como a própria queda em si. Escolher enfrentar as fraquezas é uma opção, mas torná-las qualidades é realmente de génio. E nessa altura so sobra um caminho: crescer. E havemos de ter 30, 40, 50 anos e vamos ter de continuar a "crescer", até porque o verdadeiro engodo dos medos só termina na altura que deixamos de estar vivos. Viver é uma aventura constante e uma tomada de decisões permanente, até nos medos que escolhemos ter. Sim, escolhemos os medos, tendo em conta que apenas valorizamos aquilo que tem importância para nós, e os medos para mim são a valorização de uma determinada situação. Sempre positiva, porque ter medo é uma demonstração positiva de recear algo com consequências. E lá voltamos à velha história da tomada de decisões: hipóteses, consequências, finalidades. A matemática sempre foi uma das minha fraqueza. Mas tenho um amuleto da sorte, não vá o diabo tece-las!

P.Sawyer*

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