domingo, 17 de abril de 2011

A história da minha amiga N. dava um filme #Parte 1



A introdução tem de ser feita envolvendo a minha pessoa. Posso dizer que tenho muitos conhecidos, mas amigos, esses contam-se com os dedos de uma mão. E a meu ver, assim é que deve ser. Um pouco de seleção na qualidade e não na quantidade, nunca me pareceu mal. A N. é uma dessas amigas. Conhecemo-nos na faculdade, eramos caloiras, e embora, aparamentemente não houvesse muito que nos ligasse, foi um saltinho muito rápido até estarmos completamente inseparáveis. Eramos bem novinhas, a descobrir um novo mundo (académico e não só) e acabamos por viver momento memoráveis, que jamais serão esquecidos. A amizade tem destas coisas, quando é verdadeira enche-nos o coração.


A N. estava "por engano" em Psicologia, o sonho dela sempre foi Enfermagem, e aqui para nós, não existe pessoa com mais perfil que a N. para uma vidinha de hospital. Adora ajudar, não entra em pânico, é a favor dos oprimidos e em prole dos que mais precisam; não pensa duas vezes quando se trata de estender a mão e acho que os limites delas seriam muito bem empregues em situação de guerra (como já lhe disse variadissimas vezes). Para terem uma noção, o sonho dela sempre foi fazer parte de uma equipa do INEM. Recentemente vai inscrever-se num curso sobre feridas, onde aparentemente cosem porcos e coisas afins.. alucinamente demais para a minha cabeça! A par dessa vocação quase ináta, a N. é uma pessoa determinada, muito independente e lutadora, sendo que nunca foi subjugada por nenhum namorado nem coisa que se pareça. Tinha sempre o controlo da situação e bem. A sua força interior sempre me fascinou. Não tem medo do confronto, seja com quem for, e nunca ficou com nada para dizer no dia seguinte. Em relação às amigas então, é deliciosa esta maneira de estar na vida.



Tendo em conta este seu sonho da Enfermagem, depois de ficar um ano em Psicologia, candidatou-se a outra faculdade e entrou. Logicamente que agora não conseguiamos estar juntas todos os dias e houve um afastamento fisico natural. Apenas fisico, porque o contacto nunca perdemos e continuamos a estar juntas, embora não com a regularidade que desejavamos, dadas as nossas obrigações. Ponto da situação, a N. feliz e determinada deu um novo rumo à sua vida. Rumo esse que trouxe muito mais que um curso no "bolso"...


(Próximo post - #parte 2)



P.Sawyer*

6 comentários: