Foi 1 hora e 30 minutos muito bem passados, na Quarta-feira, no Teatro Carlos Alberto. Os meus destaques: o actor Albano Jerónimo faz um "senhor papelão" (mereceu as palmas em pé da plateia e as 4 ou 5 vezes que os actores voltaram para agredecerem); representava uma criança presa num corpo de adulto e foram impressionantes os pormenores conseguidos com a sua representação. Tão genuinamente naturais, tão colados aquilo que nós vemos as crianças fazerem e ao mesmo tempo tão emocionante a forma como conseguiu transmitir os medos, as lutas e a coragem que vivem no imaginário de todas as crianças (e que em tempos, também viveu no nosso). A peça transmite uma mensagem que se vai tornando cada vez mais clara à medida que os actos vão avançando, sendo que o culminar, no final, é realmente apoteótico. Uma lição de vida, que demonstra a fragilidade dos nossos actos e em como qualquer comportamento, mesmo que inreflectido, tem consequências.
Num tom um pouco mais ligeiro: outro dos pontos altos, sem dúvida, as pernas do Bruno Nogueira (ou seja lá o que aquilo é, parece que é o que o faz andar). Passou a peça com uns calções super mínimos, onde só se vêm aqueles "palitinhos", que a qulaquer momento parece que se vão partir em mil pedaços. Sr. Actor Bruno, demonstrou ter dotes para a dramatização e para o sofrimento ao longo desta peça, mas por favor, resolva vestir umas calças porque senão uma pessoa passa o tempo todo a gerar teorias na nossa cabeça sobre a falta de carne no seu corpo. Obrigado.
P.Sawyer*
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