Há coisas incríveis! A sério que há.. e quanto mais uma pessoa absorve informação, mais quer absorver e mais rapidamente se depara com coisas extraordinárias. Sempre nos ensinaram que é muito importante, antes de julgar alguém ou alguma situação, pormo-nos no lugar do outro e tentar entender o seu ponto de vista e os seus comportamentos. É muito bonito, mas quando nos toca a nós, a coisa complica-se. Encontrei um bom exemplo numa das minhas peregrinações da leitura (obrigado, Filipa): somos bombardeados constantemente com os malefícios dos vícios e das dependências e da forma como estes podem neutralizar a vida de uma pessoa. E já alguém tentou por-se na pele de uma destas pessoa e encontrar e encarar o lado positivo da questão? Possivelmente já. Mas aposto que nunca como Chuck Palahniuk (in "Asfixia") o fez:
"Admiro os viciados. Num mundo em que está toda a gente à espera de uma catástrofe total e aleatória ou de uma doença súbita qualquer, o viciado tem o conforto de saber aquilo que quase de certeza estará à sua espera ao virar da esquina. Adquiriu algum controlo sobre o seu destino final e o vício faz com que a causa da sua morte não seja uma completa surpresa. De certo modo, ser um viciado é uma coisa bastante proactiva. Um bom vício retira à morte a suposição. Existe mesmo uma coisa que é planear a tua fuga."
E apartir daqui, retirem as vossas própria conclusões deste elogio à dependência.
P.Sawyer*
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