segunda-feira, 30 de março de 2009

Chega o "suposto" calor e...

Pois bem, chega o "suposto" calor e há pequenas coisinhas que se tornam apetecíveis, apreciáveis e ainda mais desejáveis do que no Inverno. Os oculos de sol começam a fazer sentido, as t-shirts começam a fazer sentido, os casaquinhos de malha começam a fazer sentido, o ar condicionado começa a fazer sentido, as pulseiras e os colares começam a fazer sentido, o ice tea de pêssego começa a fazer sentido, as havaianas começam a fazer sentido (vá.. nem tanto por agora, mas é sempre bom imaginar o Agosto em pleno Março. Faz-nos bem à alma e à nossa sanidade mental). Adoro pormenores, e vivo-os de forma ainda mais intensa que os minutos que vão passando no dia-a-dia e que, aparentemente, parecem apenas fazer parte de uma rotina. As pequeninas coisas fazem a diferença, e os pormenores fazem-nos acreditar nessa mesma diferença. E é tão fácil aprendermos e crescermos mais um bocadinho enquanto pessoas com esses pormenores. Há que sabe-los aproveitar ao máximo e tirar partido de todas as reflexões que nos proporcionam. E ao som de "Nada Surf" - "the film did not go 'round" apetece-me partilhar que é inevitável não sorrir com o pormenor mais "pormenor" quando o calor, e o respectivo sol, resolvem aparecer: o "cheiro" caracteristico de quando os carros apanham solzinho durante o tempo todo que estão estacionados e ficam quentinhos. Abrimos o carro, sentamo-nos, e antes sequer de ligar o motor.. inspiro, expiro e sorriu. Regressou o melhor do calor quando entramos para dentro de um carro e quando nos espera um dia completamente incerto e cheiinho de obrigações pela frente. Não sei bem caracterizar aquilo que realmente me fascina quando estou em pleno ritual do "cheiro de calor" dentro do carro, mas posso adiantar que é uma mistura de cheirinho de melões e borracha, de morangos e plástico, de cenoura e pneus, de canela e gasolina.. banalidades, provavelmente, mas apenas para quem não as vive. Calor é cheirinho de carro estacionado ao sol. Cheirinho de carro estacionado ao sol para mim é felicidade. Felicidade para mim é sorrir quando aparece o cheirinho do carro ao sol e mandar uma msg automática ao cérebro: as férias de Verão estão para breve..



P.Sawyer*

terça-feira, 24 de março de 2009

Já não se morre de amor (?)

"Era Verão e as férias tinham começado há uma semana. Como sempre, estava na Nazaré, na casa da minha avó. Este ano ia ser diferente. Tinha feito 17 anos há poucos dias e, finalmente, ia poder sair à noite com as minhas primas e os amigos. Na praia fazíamos as parvoíces do costume: jogar raquetas, piscar os olhos aos rapazes, contar anedotas, comer gelados. O Paulo era mesmo muito giro. Tinha 19 anos e olhos verdes. Sei lá porquê, foi a mim que escolheu e eu ia morrendo derretida quando ele me perguntou ao ouvido: Queres namorar comigo?, como nos filmes antigos e nas novelas… Não era só uma paixão de Verão. O Paulo dizia isso todos os dias e, quando as férias acabaram e cada um voltou para sua casa, escrevíamos, telefonávamos e, fim-de-semana sim, fim-de-semana não, viajávamos 60 km para nos encontrarmos.Eu era virgem. Ao fim de 4 meses de namoro já tínhamos “avançado” tanto que resolvi tomar a pílula. Claro que sabíamos que não podíamos ter um bebé!Fizemos amor 3 vezes. Começaram os exames, o Paulo tinha muito que estudar, cada vez tínhamos menos contacto. Comecei a sentir-me estranha: tinha náuseas, um pouco de febre, estava sempre indisposta. Fui ao médico, fiz um teste para saber se estava grávida. Não, não estava. O Paulo telefonou. Tínhamos que falar, ele tinha feito as pazes com a ex-namorada, era uma história complicada, tinham namorado 2 anos, terminaram, andaram com outras pessoas, voltaram, blá, blá, blá…O Verão acabou definitivamente. E não houve Outono. A transição foi de 40 à sombra aí para uns 10 negativos. Pensava que todo este desconforto físico que sentia tinha a ver com a devastação emocional provocada pela perda. As minhas amigas diziam que já não se morre de amor. Não é verdade. Tenho 32 anos e estou a morrer. De SIDA ou de amor, agora já tanto faz…”

@Revista Visão



P. Sawyer*

sexta-feira, 20 de março de 2009

Viver na altura das fadas...

Quem não recorda a sua infância com alguma nostalgia (positiva, claro..) e tamanha alegria, definitivamente não pode ser considerada uma pessoa feliz. Pelo menos, é a ideia que tenho. Até porque a vida faz-se de trás para a frente, logo, as nossas raizes e as nossas experiências quando tinhamos 4 ou 5 anos são tão importantes como aquelas que temos aos 20, 22, 24 anos (quando temos a mania que ja sabemos tudo o que há para saber e que somos muito adultos.. pois..). E as nossas recordações dessa vida que parece tão distante, surgem quando menos contamos, é um facto. Todos deveriamos ter tido a oportunidade de viver na altura das fadas, na altura da colecção de livros da Anita, na altura das colecções das Barbies, das colecções das "Barriguitas", das colecções dos Pequenos Póneis, dos Playmobil e das Polly Pockets. Era tudo tão mágico e encantado, e tenho a certeza que se ainda perdessemos algum tempo a brincar com as nossas Barbies, passariamos melhor alguns minutos em vez de os desperdiçar com banalidades. Nascer em '84 teve essa vantagem. Nascemos na era das Barbies e dos Nenucos, na era em que os bonecos começaram a fazer xixi e a dizer "mamã", se carregassemos com força na mãozinha esquerda. E quem não delirava com uma lancheira da Barbie e com as super sapatilhas que davam luz ou, por exemplo, com o castelo cor-de-rosa que abria e fechava? Quem não delirava com as fitinhas de pôr no cabelo da Barbie e com as meias (sempre cor-se-rosas..) da Barbie? T-shirts, calças de ganga, chapeuzinhos, relógios, enfim.. Impossivel não termos passado pela febre de "ter de ter" tudo o que tinha o fantástico e cintilante "B", tão bem trabalhado e chamativo. Admito, a minha mãe sofreu horrores comigo às custas da Barbie e tudo o que lhe estava inerente. Para viver no mundo das fadas também é preciso ter tido a sorte suficiente para ter uma professora primária que adorava tudo o que fosse literatura, e por isso mesmo, termos tido contacto desde muito novinhos com quase todos os livros da Sophia de Mello Breyner Andersen. Entrar nas suas histórias era realmente entrar nesse tal mundo fantasioso, e acreditem que se "hoje" pegarmos num desses livros, damos ainda mais valor. Entendemos melhor, lemos com olhos de "ler", fazemos e tiramos as nossas próprias conlusões, percebemos as metáforas, entendemos o sentido das palavras de outra forma. Quem nunca leu "A Fada Oriana", "O Rapaz de Bronze", "A Floresta" ou "A Menina do Mar" pela segunda vez, mas agora com mais 16 ou 17 anos em cima, não sabe o momento de pura vivência na altura das fadas que está a perder. Ah, e mencionado como surgiram estas recordações do tal tempo que parece perdido no "tempo": decidi ler (e reler) "O Cavaleiro da Dinamarca".


P. Sawyer*

domingo, 15 de março de 2009

Em tempos...

Em tempos, disseram-me: "Porquê não arriscar ser feliz..?, porquê trocar, em vez de conjugar..?, porquê andar, quando se pode voar..?, porquê pensar, quando se pode amar..?"
Nos dias que correm, digo: obrigado! obrigado pela luta, obrigado por nunca deixares de acreditar, obrigado pelo esforço, obrigado pelo conforto, obrigado pelo carinho, obrigado pela ternura, obrigado por me teres dado o teu coração, obrigado pelo encanto, obrigado pelo "sonho", obrigado pela força, obrigado pelos braços sempre abertos, obrigado pela mão que nunca deixou de estar estendida na minha direcção, obrigado pelo OC, obrigado pela pizza de bacon da telepizza, obrigado pela fantasia de "New Port Beach", obrigado pelos Simpsons logo de manhãzinha em Agosto, obrigado pelos rolinhos de chocolate, obrigado pelo OTH, obrigado pelo sorriso, obrigado pela paz, obrigado pela estabilidade, obrigado pela paciência, obrigado pelo som da tua voz, obrigado pela tua gargalhada, obrigado pela amizade, obrigado por seres o meu "comet", obrigado pela inspiração, obrigado pela vontade de querer ser feliz (e de ser feliz), obrigado pelo abraço forte e confiante, obrigado pelas palavras, obrigado pelos momentos, obrigado pela alegria, obrigado pelo sol, obrigado pela atenção, obrigado pela disponibilidade, obrigado pelos afectos, obrigado por seres um Lucas Scott, obrigado por te conseguir rever em todos os pormenores da minha vida... obrigado... por tanto mais e ao mesmo tempo por tão pouco. A simplicidade do acto de dar e receber sem pedir nada em troca é, realmente, absolutamente fascinante. Obrigado...

P. Sawyer*

sábado, 14 de março de 2009

Maçãs e Aparelho Fixo nos dentes

Há muitas coisas que, puramente por instinto e senso comum, sabemos muito bem que não combinam. Não ligam bem, não ficam bem juntas, são assim como se fossem os piores inimigos do mundo. Para ser mais simples visualizar: azeite com água, nem sequer se misturam. Apanhar uma valente gripe precisamente no momento em que entramos numa maravilhosa semaninha de férias, portanto, férias e gripe, também não combinam. Criança e loja com cristais, um perigo autêntico. T-shirt branca e molho de tomate, perfeito! Um computadorzinho e uma ilha completamente deserta sem qualquer energia, gravidez e tabaco e, ainda, sapatos apertados e joanetes! Isto tudo são "suponhamos". Existem acções bem simples do nosso dia-a-dia, que pessoas bem reais encontram-se desesperadas e em sofrimento para as conseguir fazer. Sendo, por isso mesmo, os piores inimigos do mundo. E para quem ja passou por isso, não deve ser dificil recordar, para quem nunca passou (sortudos!), é fácil criar uma visualização mental. Maçãs e Aparelho Fixo nos dentes. Primeiro ponto, é impossivel tricar a linda maçã vermelhinha e suculenta como se estivessemos num verdadeiro anuncio publicitário. Esqueçam. Para além das dores, a linda e cintilante estrutura metalica desfazia-se, nem força existe para conseguir dar uma dentada dessas. Segundo ponto, o acto de mastigar uma maçã agora é uma arte.. lentamente, calmamente, e suavemente para que nenhum pedacinho de casca se entale no meio dos ferrinhos. E o segredo é: descascar a maçã em pequenissimos cubinhos e alimentarmo-nos como os bebés, demorando desta forma, 40 minutinhos a comer uma maçã (que no passado, nuns 10 minutos já não existia maçã para ninguem). As mais simples das acções, ficam condicionadas pelo "metal" (e não, "metal" não é "kizomba"!). Os meus pêsames, Guida. Mas como acabaste de perceber, o teu alimento nocturno inspirou-me, vês?


P. Sawyer*

sexta-feira, 13 de março de 2009

Hoje...

...decidimos ir almoçar à "Império";

...acabamos por ir almoçar à batalha e comer um belo de um hamburguer (e uma omolete mista para a Fizinha) na companhia do sol e de ice tea's (de pêssego e de limão);

...tinhamos uma bússola humana (obrigado, joaninha..) que nos levou aos mais escondidos cantinhos da baixa do Porto;

...maravilhamo-nos com os encantos da livraria Lello (e a Fi entrou em coma de felicidade no mesmo instante em que pisou o primeiro taco de madeira);

...encantadas, continuamos, e fomos à exposição que celebra o bicentenário do nascimento do naturalista inglês Charles Darwin;

...pensamos em subir a torre dos Clérigos, mas logo na entradinha, perdemos a vontade, enfim... pormenores!;

...próxima paragem: Il Caffè di Roma, óptimo;

..."perdemos" um elemento da equipa que teve de ir apanhar o comboio, mas o dia estava longe de terminar: fomos até à Ribeira, logicamente;

...depois de muito sol e de muito andar a pé, está na hora de ir buscar o carro e não, não apanhar o metro e ir para Gaia confortavelmente, afinal de contas, para quem passou o dia todo nisto, porque não ir a pé até à avenida? Claro que vou passar a ponte D.Luis a pé!;

...terminamos a conversar sobre coisas banais "penduradas" na ponte (e que bem que soube, joaninha!);

...atravessei a ponte sozinha, com o pôr de sol do meu lado direito, e nunca me tinha apercebido que bonito é ter o pivilégio de o poder fazer: no final de contas, vivemos numa grande cidade.



Hoje... descobrimos mais um bocadinho, amanhã vamos descobrir o resto do mundo.

P. Sawyer*

quarta-feira, 11 de março de 2009

Pensar

Pensar: um verbo. Não atrapalha ninguem, até é facil de escrever, não é nada dificil de ser conjugado e é usado na maioria das vezes por pessoas que nem sabem o que realmente quer dizer e que acabam por banalizar esta palavra (verbo: nome dado à classe gramatical que designa uma ocorrência ou uma situação). Eu própria nunca tinha "pensado" (na verdaderia ascenção da palavra e do tamanho peso e significado do acto em si) até ter chegado ao carro, num dos dias da semana passada, creio que foi mesmo na 2ª feira, e ter prestado atenção a um flyer que me tinham deixado no pára-brisas do carro. Tipicamente, e como qualquer pessoa que não está com paciência para ler porcarias de publicidades que só servem mesmo para gastar papel e tinta, lá ia eu toda contente deitar fora o tal flyer. Mas algo me chamou atenção. Esta escrito "Fernando Pessoa", e confesso que numa primeira olhadela só me cativou porque pensei que poderia estar relacionado com a universidade. Percebi, entretanto, que só tinham pegado no nome do senhorzinho porque estava escrita uma citação dele na parte de baixo. Não vou fazer publicidade ao que estava a ser "publicidade" no flyer (óbvio, não estou a receber mais por isso!), mas vou fazer "publicidade" a um dos pensamentos mais maravilhosos e ás palavras mais acertadas que alguém poderia escrever sobre o "Pensar". Acreditem, isto é conteúdo para vos deixar a matutar no substrato durante alguns minutos.. quem sabe horas, se realmente ficarem tão bem impressionados como eu fiquei. Nesse dia, o caminho da universidade até casa foi feito em piloto automático. Não me recordo de ter metido uma unica mudança. Deliciem-se..





"A maioria das pessoas pensa com sensilbilidade, eu sinto com pensamento.

Para o Homem vulgar, sentir é viver e pensar é saber viver .

Para mim, pensar é viver e sentir não é mais que o alimento de pensar."



Fernando Pessoa



(Que entres em "piloto automático" esta noite, Filipa Aires. Com o simples acto de pensar e de saber viver, ao mesmo tempo que sentes.. repara, nada mais é do que o "alimento de pensar")



P. Sawyer*

terça-feira, 10 de março de 2009

Jackie Brown

Adoro cinema. E apesar de saber que sou uma critica desmedida na maior parte dos filmes que vejo, e acreditem, não são poucos os que costumo ver, gostava muito de um dia ir tomar um cafezinho (alias, carioca de limão.. não gosto de café) com o Quentin Tarantino. É capaz de ser o maior cliché do mundo cinematográfico: dizer que se gosta muito de Tarantino. Não digo que gosto dos filmes realizados por este senhor só porque "fica bem", até porque de coerência e desenvolvimento lógico de uma história ele parece perceber muito pouco.. ou quase nada, no mínimo. Mas claro, fica sempre bem dizer que se adora Tarantino. A ideia do tal cafezinho (carioca de limão), seria por um simples motivo: acho fascinante a forma tão simples e natural com que ele mata personagens. Aconselho vivamente qualquer um de vocês, mesmo que não sejam fãns, a ver o filme "Jackie Brown". Mas não para ver o filme em si, apenas para ver uma das cenas mais incriveis de sempre. A naturalidade com que "louis" mata a rapariguinha surfista só porque esta se está a meter com ele por não saber onde estacionou o carro. E agora sim, muito importante. Claro que ja toda a gente passou por isto, alguém a gozar connosco porque não sabemos onde deixamos o carro quando vamos a um centro comercial, e depois andamos a fazer aquelas figurinhas ridiculas de andar a "passear" pelo parque de estacionamento todo, com alguém a dar nos cabo da cabeça porque nunca sabemos do carro. Claro, o Tarantino arranjou maneira de combater este problema. "Louis, Louis.. não sabes onde está o carro!! ahaha Será que está nesta fila.. oh, não, está na próxima.. oh.. Louis, Louis, onde estará?". Muito calmamente, o nosso amigo Louis vira-se para trás e dá um tiro no peito e outro na barriga da amiguinha surfista. Sem sequer olhar para trás, Louis encontra o carro e vai-se embora. E se estão a questionar-se se houve pelo menos algum plano do corpo da pobre rapariga que morreu, apenas por estar a gozar com alguem que não sabia onde estacionou o carro.. não, não apareceu nada a não ser os dois tiros do Louis. Brilhante. Sem duvida, o meu ponto alto de domingo à tarde. A genialidade e a simplicidade com que Tarantino mata personagens. E realista até certo ponto.. afinal, quem nunca teve vontade de dar dois tiros a alguém que nos irrita, pelo simples facto de não sabermos onde deixamos o carro estacionado?

P. Sawyer*

sábado, 7 de março de 2009

Muito além do óbvio !

Há coisas que me transcendem. Sou uma pessoa que acredita na ciência, no biológico, no Homem e na sua capacidade autónoma e singular de encontrar soluções para problemas. Meus caros, não nos vamos exceder e tentar ver muito além do óbvio, na tentativa de justificar rituais e tradições, ou mesmo catalogar comportamentos. Adoro quando me dizem: "Hoje acordei cheiinha de dores de cabeça, vem ai tempestade" ou "Não te sentes no bico da mesa, vais perder casamento" (minha querida andreia, não resisti, esta aprendi contigo e desde então deliro todos os santos dias que comemos a nossa torradinha e bebemos o nosso carioca de limão lá na cantina da universidade e eu estou no bico da mesa..). Mais ainda: "São 12h:12m, ou 14h14min, ou 20h20min, está alguém a pensar em mim!!" (basicamente sempre que olhamos para o relógio e as horas e os minutos são iguais.. pronto.. está alguém a pensar em nós naquele preciso momento. é preciso fazer comentários a isto?...). Continuando: "Estás com as orelhas vermelhas, está alguém a falar em ti!" (cuidado, é estupido pensar que temos sangue a correr nas orelhas também.. não se deixem enganar..). Uma pessoa deixa cair qualquer coisa, pronto, é porque alguém nos quer falar e não consegue.. delirante esta! Mas a minha preferida, e esta aprendi recentemente, dai ter muito mais valor: "Nunca se deve casar ao meio-dia porque esta seria a hora em que o diabo anda à solta". Adorei. Amei. E passei a ter um novo desejo: quero muito casar ao meio-dia!

P. Sawyer*

sexta-feira, 6 de março de 2009

Between Violet and Red...

...we have: Purple.





Bastante simples para uns, bastante mórbido para outros, bastante hardcore, demasiado irritante, moda imposta pela sociedade, confundido com púrpura ou violeta, celebração da páscoa, e mais 500 mil descrições que agora não são relevantes. E tudo isto para explicar exactamente o que? Simples. Realmente o "Roxo" é a minha cor preferida desde que me conheço como gente. Tendo em conta que tenho quase 1/4 de secúlo de vida (o que é imensamente deprimente..), tenho em mim possuir a capacidade necessária para dizer que sem a cor "roxo" o mundo ficaria um bocadinho mais pobrezinho. Não, não é exagero nenhum. Senão vejamos: o que seria feito das minhas birras disparatadas (e carregadas de sentido) sempre que quero comprar uma escova de dentes nova e a porcaria do Continente (ou Modelo, ou Minipreço.. ou Pingo Doce, que recentemente descobri que é o rei dos reis e que põe uns rotúlos bem engraçados nas garrafas de litro da coca-cola!) só tem expostas escovas de dentes rosas, verdes e azuis? O que seria feito da mais bela das noticias que alguem poderia ter: "uih, lembrei-me tanto de ti, passei por uma montra que estava com tudo roxo!" (alguem se lembrou de nós por causa de uma fixação maravilhosa). O que seria feito dos meus marcadores, que só podem ser roxos, pa sublinhar as coisinhas mais importantes quando tenho de ler horrores de fotocópias de Psicopatologia da Criança e do Adolescente (que para quem souber, ja é deprimente quando está sublinhado a roxo, agora imaginem se não estivesse..). O que seria feito da melhor prenda de anos de sempre? (sim, foi roxo, e é o relógio mais incrivel e mais divinal que alguma vez vi à minha frente..). O que seria feito do verniz que compramos no chines para pôr nas unhinhas dos pés quando se está morena? (meramente informativo, e só para que se conste, eu e a minha best friend estávamos num passeio com solzinho e lanchinho à mistura e, por acaso, por acaso dos acasos, entramos no "chinese"!). O que seria feito dos lencinhos perfumados e roxinhos da Renova? (...)





Pois bem, teria uma quantidade infindável de coisas boas que tornam a minha existência melhor pelo simples facto de adorar esta cor. Achei pertinente explicar também que o Roxo é a cor que se encontra entre o violeta e o vermelho. Desta forma, I welcome you to my world: "Between Violet and Red".





P. Sawyer*