quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Querido, "Sr. Estado que governa este Pais (dito evoluido)"

"Ainda bem que todas as promessas, feitas em campanhas eleitorias onde se gastam rios de dinheiro, estão a ser cumpridas. Nomeadamente ao nível do ensino e da saúde. Fico muito satisfeita (ironia) em ser uma cidadã portuguesa, em que pratico o direito e dever de voto e mesmo assim continuo a achar que esta democracia pensa com os pés, e não com a cabeça. Sei lá, digo eu que não sou ninguém, e por isso mesmo posso dizer disparates e tudo o que me vem à mente. Repare bem, Sr. Estado que governa este Pais (dito evoluido), acabou de cortar os fundos que pagavam 165 psicólogos das escolas portuguesas, quando continua a dizer que os pilares de uma nação são a educação e a saúde. Por causa de sua excelência, muita gente está desempregada, gente essa que marcava toda a diferença dentro das suas competências e que tinham um papel fundamental na vida destas crianças. Crianças que muitas vezes nem uma alimentação fazem fora da escola, que nem tempo têm para fazer trabalhos de casa porque estão muito ocupadas a impedir o pai de bater na mãe ou que têm de ir proteger o irmão que se meteu com o traficante lá da rua. Ontem foi oficializada a minha mudança de local de estágio, devido à demissão da Psicóloga do Agrupamento de Escolas de Leça do Balio. Com toda esta confusão interrogo-me, ainda mais e ainda com mais pertinência, mas afinal o que é que vocês querem fazer do futuro destas pessoas, que vocês dizem serem o futuro da nossa nação? Ainda esta semana recomeço o estágio noutra escola, e desta vez sem surpresas, pelos vistos no SPO (serviço de psicologia e orientação) da Escola Augusto Gil no Porto continua a ter a sorte em ter este serviço disponível. Depois não estranhe o facto de certos e determinados profissionais estarem nas escolas não institucionalizados, e serem pagos como professores e não como psicólogos. Caríssimo, talvez seja melhor esfregar a cara com lama enquanto ainda há tempo, até porque sair com a cabeça erguida já é dificil."


Parva até à ponta dos cabelos,
P.Sawyer*

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