segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Adoro sorrisos sinceros


Adoro sorrisos sinceros.
Adoro ver e senti-lo nos outros. Mas também gosto de senti-lo em mim. E para conseguirem arrancar-me um sorriso sincero não é preciso muito, basta um pensamento, um momento, uma passagem incrivelmente bem feita para o mundo encantado das casas de bonecas escondidas de baixo da cama. E neste preciso instante, realmente não era preciso muito para que surgisse o tal sorriso. Ia ser o último dia na cidade dos reis e das rainhas. Tinha acabado de me sentir como uma menina de 5 anos porque andei na maior roda gigante da Europa, lá de cima vi as pessoas, os monumentos, as pontes e as casinhas bem pequeninas. Mais um bocadinho e juro que tocava o céu, mas não me consegui esticar o suficiente, mesmo nos meus sorrisos sinceros continuo a ter 1m62cm. Quando voltei à terra firme, atravessei a passadeira que mais gozo me deu passar em toda a vida. Acho que até hoje ainda não me consegui aperceber de quantas raças e étnias diferentes atravessaram aquela passadera ao mesmo tempo. E acompanhado com o "excuse me" de sempre. Perfeito! O almoço não foi à luz das velas, mas foi sobre a paisagem mais bonita e magistrosa de sempre: Big Ben. E depois deste enquadramento físico, vem o real sorriso sincero: city cruise pelo Rio Thames, ventinho bom, frio q.b., cachecol bem enroladinho até ás orelhas e... um menino indiano a espirrar atrás de mim e para cima de mim!!! Agora sim, SORRISO SINCERO!! Recordo-me perfeitamente que na altura não achei piada nenhuma, ainda para mais quando se está no país com mais casos de gripe A contabilizados, mas agora, agora consigo sorrir e perceber que foi absolutamente divinal. E ainda me recordo da carinha do menino para quem olhei com tanto desdém. Faz-me bem, faz-me querer voltar a respirar aquele ar, faz-me querer voltar a andar com a cabeça para cima e com os olhos a revirar para todos os lados e faz-me ter o maior dos sorrisos sinceros.


*Please, mind the gap! =)

P.Sawyer*

1 comentário:

  1. E foi por causa do espirro do menino indiano que o Japonês ficou para mais tarde.

    "Um almoço à luz das velas" (deverei pensar que a tua hora do almoço será a minha do jantar?! ...no meu almoço...o sol está sempre bem alto).

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